segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Lembra-te.


Lembra-te das mães que amamentam suas crianças especiais, elas nos ensinam o amor mais verdadeiro;

Lembra-te das mães que esperam, domingo pela madrugada, nas calçadas das penitenciárias, a oportunidade de beijar os filhos encarcerados, elas nos ensinam que todo amor faz sofrer;

Lembra-te das mães que, sem dormir, aguardam seu filho chegar, elas demonstram que zelo nasce do querer bem;

Lembra-te das mães abandonadas pelos maridos, nelas está o eliminar pelo ódio ou o curar pela doçura;

Lembra-te das mães solteiras na hora em que estão parindo, delas jorra o antídoto que enfraquece a culpa;

Lembra-te das mães que agasalham seus filhos com jornais em calçadas urbanas, nelas o amor se transforma em teimosia;

Lembra-te das mães que acabaram de enterrar seus filhos, delas se ouve o lamento mais dolorido e com elas ninguém esquece que é pó;

Minha prece por todas elas.

Pedir Ajuda.


Temos de tirar o entulho de nossa mente. Já nos tentamos curar sozinhos diversas vezes. Temos em mente a informação de que pedir ajuda é sinal de fraqueza. Sentimos orgulho ou culpa demais para pedir ajuda. Negamos aos outros a oportunidade de nos amar ou de cuidar de nós porque nos sentimos muito desajeitados, tímidos, sem merecimento, egoístas e superiores.
Ao pedir ajuda, você deve estar aberto e espontâneamente disposto a ouvir. Mas, antes de pedir, é importante colocar de lado o orgulho, a culpa e o cinismo. Ou seja, você deve trocar as ilusões pela verdade, o passado pelo presente e o ressentimento pela esperança.

Peça, acredite,receba!

Deixe de lado os preconceitos, ouça com a mente aberta todas as ofertas que surgirem em seu caminho. Não descarte soluções antes de experimentá-las.

O medo é um chamado do amor.
A raiva é um chamado do amor.
O sofrimento é um chamado do amor.
A culpa é um chamado do amor.
Todo tipo de infelicidade é um chamado do amor.
Isso significa muito claro quando você para de julgar a si mesmo e pede ajuda.

A infelicidade se desfaz quando você se entrega de coração ao outro.

Você deixa de receber aquilo que não quer dar.


Quando encontrar um pessoa, lembre-se de que
é um encontro único.
Você vê a si mesmo nela.
A maneira como vai tratá-la 
é como trata a si mesmo.
Pense dela o que 
o que pensa de si mesmo.
Nunca se esqueça disso, 
pois é no outro que você se
encontra ou se 
perde.

Muitas vezes, exigimos das pessoas o que não somos. Perdemos muito tempo procurando a pessoa certa em vez de sermos a pessoa certa.

As pessoas são seu espelho. Da mesma maneira que não faz sentido estar em frente a um espelho e esperar ver algo diferente da realidade, não se pode esperar receber de alguém o que não se dá.

Uma linda Mulher



Tem dias que as palavras não se completam,
as frases acabam com reticências e os parágrafos perdem sentido.
A gente sente uma ponta de melancolia espetando a alma.
A banalidade de viver nos agride logo que tocamos o chão.

Escovamos os dentes, repetindo com movimentos circulares,
a mesma rotina de décadas;
vestimos a camisa que ainda guarda o cheiro do ferro quente;
cadenciamos os passos e não notamos o vai e vem da vida
que nos devora aos poucos.

Tem dias que acordamos e a cabeça lateja.
Recusamos a distração.
Descartamos os conselhos.
Preferimos o silêncio.
Buscamos o deserto.
Nesses dias, lembramos o colo primordial,
que nos embalou com afeto; o rosto meigo,
que nos elegeu únicos;
o berço emadeirado, que nos protegeu de quedas.
Sinto saudade de uma linda mulher,
Minha querida Mãe
APARECIDA LOPES REZENDE

Preciso de um Amigo.


Eu preciso de um amigo. Preciso de alguém que já viveu mais do que eu. Preciso de alguém que já sofreu mais do que eu. Preciso de alguém que sabe mais do que eu. Preciso de alguém que cresceu mais do que eu. Preciso de alguém que já desfrutou a vida mais que eu. Preciso de alguém que já descobriu mais coisas do que eu. Preciso de alguém que já pecou mais do que eu. Preciso de alguém que já experimentou perdão mais do que eu. Preciso de alguém que já amou mais do que eu. Preciso de alguém que já começou de novo mais vezes do que eu. Preciso de alguém que já sentiu mais vergonha de si mesmo do que eu de mim mesmo.

Preciso de um amigo. Só isso. Não preciso de um herói. Não preciso de um professor. Não preciso de um coleguinha.  Alguém que acredite em mim e não desista de mim. Alguém que me ensine o que eu não sei, e que aprenda comigo. Alguém que fale com a alma e também saiba calar.

Preciso de um amigo. Apenas alguém para caminhar comigo. Mas acho que estou pedindo muito.
Ou não?

Abrir ou não abrir a janela, eis a questão?


O que se espera quando se abre a janela para o novo dia?
 
Uma coisa é certa, nem tudo que se espera, na maioria das vezes, é o que se vê.
 
Posso abrir a janela agora e me satisfazer em ver que ainda estamos vivos, que o mundo ainda vive apesar de tantas pedras colocadas em nosso caminho.
 
Acredito que veria o cotidiano cansado dele mesmo, pessoas com o sorriso no rosto e a ansiedade no coração e vice-versa; a satisfação de poucos e a incerteza de muitos.
 
Veria ainda a democracia nos outdoors e ao mesmo tempo trancada em nossas bocas. Creio que veria, só para variar um pouco, tudo na sua perfeita ordem, infelizmente, talvez.
 
A beleza do azul, a feiúra da ganância estampada no preço dos produtos.
 
Não sei por qual motivo amo tudo isso, não sei porque amamos tudo isso.
 
O que eu sei é que viver é incondicional, todos querem á qualquer custo.
Entre minhas certezas e incertezas, prefiro não abrir a janela hoje.

Pense!!!


Somos todos iguais e nos vemos tão diferentes!
Quando nossos sentimentos se cruzam com o que lemos ficamos surpresos.

Não somos os únicos a sentir dor,
Não somos os únicos a sentir medo,
Não somos os únicos a temer o desconhecido,
Não somos os únicos a ficar na dúvida.

Temos dificuldade em imaginar que outras pessoas passem por caminhos parecidos com os nossos, porque nos fechamos no nosso quarto e em nós.

Somos todos sim iguais na alma, na pequenez e na grandeza. Eu choro, me comovo, morro um pouquinho a cada dia e renasço na minha fé.

Desanimo de vez em quando e ergo a cabeça logo depois, espero impaciente o nascer do novo dia e faço planos...

Somos assim, tão iguais eu e você e tantos outros. A prova disso é que você se identifica com o que digo.

Se a emoção que aperta meu peito, aperta o peito de quem me lê, é porque somos feitos do mesmo barro. E se posso ver e crer na vitória e ultrapassar meus limites é porque todo mundo, cada um pode.

Podemos conjugar todos os verbos em todos os tempos!

É verdade que o sol não nasce e não se põe pra nós no mesmo momento, mas isso não muda em nada a verdade de que somos maravilhosos e importantes grãozinhos de areia aos olhos de Deus.

Isto é o que somos:
Plantamos sementes que um dia irão crescer.
Regamos sementes já plantadas,
Sabendo que encerram uma promessa futura.
Podemos nunca ver os resultados finais...
Somos iguais de um futuro que não nos pertence.
Enquanto caminhamos, realizamos nossa pequena fração.

Honestidade.


Podemos ser brutais, críticos, julgar e temer nossas emoções, especialmente as que estão relacionadas com a infelicidade, como a tristeza, a raiva e a depressão. Cada vez que nos julgamos e criticamos por estarmos nos sentindo infelizes, estamos simplesmente atirando mais lenha ao fogo. Quanto mais atacamos, mais a dor aumenta e mais parece real. Quanto mais nos condenamos, mais nos identificamos com a dor. Ao fim, a dor parece ser mais real do que a alegria.
É muito raro ver alguém que admita publicamente estar triste, nervoso, irritado, com ciúmes ou infeliz, pois é uma grande vergonha. Desde de crianças, somos ensinados a esconder nossos sentimentos e a mentir sobre eles por medo de julgamentos e por culpa. As frases mais comuns do tipo "Você deveria ter vergonha" que aprendemos são:

- "Homens não choram".
- "Que cara é essa?".
- "Vou lhe mostrar o que é ficar bravo".
- "Como ousa?".
- "Quer que o faça parar de chorar rapidinho?".
- "Mas quem você pensa que é?".
- "Pare com essa choradeira".
- "Quem ri demais acaba chorando".

Aprendemos a nos controlar, a esconder e a suprimir nossos sentimentos. Negação, racionalismo e outras defesas parecem funcionar bem até certo ponto, mas começam a falhar quando a paz se torna uma questão de evitar os sentimentos. Choramos sozinhos e escondidos.

Quando não somos honestos com relação à vida, continuamos a sofrer. A solução é um processo de honestidade; não se pode chegar à verdade utilizando mentiras. Elas são, no máximo, uma tática de controle, jamais um remédio. Mentiras não trazem paz.

Não há como nos curarmos em segredo. Temos de contar a verdade a alguém, seja Deus, seja um amigo ou a um médico. Quando se trata de felicidade, a honestidade é o melhor caminho.

Sendo honestos, descobrimos que não estamos sozinhos e que a ajuda está à nossa disposição.

A aversão ao sofrimento é que dói; mais nada.

O Amor em quem está feliz, é querer partilhar o sofrimento do amado infeliz.


É um erro desejar ser compreendido antes de ter elucidado a si mesmo aos próprios olhos. É buscar prazeres na amizade, e não merecidos.

Aprenda a repelir a amizade, ou melhor, o sonho da amizade. Desejar amizade é um grande erro. A amizade deve ser uma alegria gratuita como as que oferecer a arte, ou a vida.

É preciso recusá-la para se digno de recebê-la: ela é da ordem do amor.

É dessas coisas que são dadas por acréscimo. Todo sonho de amizade merece ser quebrado. Não por acaso que você talvez nunca foi amado.... Desejar escapar da solidão é uma covardia.
A amizade não se busca, não se sonha, não se deseja; ela se exerce

É UMA VIRTUDE.

Agir é fácil, pensar é difícil, adequar a ação ao pensamento é a coisa mais difícil.Hoje, somos filhos da modernidade superficial e mesquinha, precisamos ser resgatados de uma mediocridade acintosa, na qual os valores da amizade passem a ser de amor e não da utilidade.
Anseio por humanidade não fingida, que não tenta transformar a mensagem do amor e amizade em um espelho mágico, que fala o que queremos ouvir. Permitirei que o amor penetre no mais profundo de meu ser, discernindo, inclusive, as intenções nebulosas de meu coração.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Silêncio.


Existe uma dimensão de mistério no silêncio de uma pessoa. Você não é só o que aparenta, suas palavras, seus gestos, etc. É também silêncio. Gosto de afirmar que não compreendemos uma outra pessoa enquanto não nos acostumamos a " escutar seu silêncio".

É um valor que se torna patente na dificuldade; quando continuamos juntos em silêncio após havermos compartilhado algo profundamente; quando não logramos encontrar as palavras mas sabemos que estamos "falando", quando, juntos, escutamos o silêncio de Deus.

Vale a pena despertar a sensibilidade para captarmos este aspecto profundo do silêncio.

Outra dimensão pode ser nosso próprio silêncio, em dados momentos. Determinadas impertinências não podem ter melhor resposta, castigo nenhum pode doer mais; mas temos de saber sair do silêncio e não nos encerrarmos nele dias seguidos, fechados no mutismo.
Existe, finalmente um silêncio que, quando não sabemos falar, mas tudo exprime em nosso olhar.

Quando estamos vivendo momentos difíceis, não sabemos dizer o que está acontecendo. Sofremos uma contradição, um fracasso. Esse silêncio que pede tempo para assimilar, respeito, compreensão e apoio.

Esses silêncios que devemos escutar e nos quais poderemos - talvez - mais proximidade do que em mil palavras.

Esta é uma reflexão a ser cultivada. Por isso lhes digo que aprender a respeitar o silêncio é, indiscutivelmente, algo a ser respeitado.
Saber ouvir a partir do outro e não a partir de minhas "trincheiras";
Querer o bem do outro, não me impor;
Interessar-me realmente por ele;
Respeitá-lo;
Estar aberto ao pluralismo das ideias e das opiniões, sem dramatizar;
Saber responder;
Ser capaz de objetivar, de ver o que há de verdade no outro.

Apresentei-lhes uma orientação e um instrumento. Oxalá vocês desses seres abertos, transparentes pela humildade, que tudo facilitam. É preciso aprender no encontro humano, na interação e no respeitar o silêncio do amigo.

Passo a Passo


Ser feliz não é um estado adquirido no berço, como marca de nascença e estabelecido em definitivo para toda a vida, como sobrenome de família. Parece mais um aprendizado permanente, contínuo e de dificuldade crescente, que demanda contínua motivação para enfrentar essas dificuldades.
Assim, ao meu ver, existem os que aprendem mais depressa e retêm melhor esse aprendizado, e os que relutam e brigam mais contra as oportunidades e os ensinamentos dessa arte (ou ciência, quem o sabe), permanecendo num mundo de pouca luz, da depressão, do egoísmo, da infelicidade cristalizada e convicta, participando de uma doença mental e social deste final de século, que é a grande solidão coletiva.

A felicidade é algo que todo ser humano deseja e quer, independente de haver um consenso a respeito de sua conceituação. Muitos sábios e estudiosos tentaram conceituar felicidade, porém, por mais que se procure um conceito sobre felicidade, tal conceito não existe.

A felicidade é uma semente que deve ser bem preparada antes de ser plantada e cultivada para brotar, crescer, florescer e ser colhida. Ela está ao alcance de todos, independentemente de conteúdo, aspecto exterior e condições de vida, da mesma forma que todos podem cultivar uma planta qualquer num pequeno vaso em sua casa. A felicidade é algo com que podemos sonhar, que podemos imaginar, perseguir e finalmente alcançar.

A que conclusão chegamos?
Que a felicidade é algo simples e não pode ser comprada com dinheiro e poder. Está ao alcance de todos, mas poucos descobrem o caminho para ser feliz. Realmente é difícil, mas ao mesmo tempo muito fácil. Ela pode e deve ser conquistada todos os dias e encontrada nas pequenas coisas.

Felicidade é um estado de espírito e, como tal, está dentro de todos nós.
Devemos saborear as nossas conquistas, os nossos momentos de felicidade, sentir a alegria de viver, mesmo que para isso sejam necessários momentos de reflexão para chegarmos à conclusão de que temos o bastante.

Para concluir, quero e espero que você, meu leitor, entenda a vida, o que é a felicidade e como ela é simples e fácil de ser atingida em nossas vidas.

Acredite, levante-se e caminhe.
Seu sonho se realiza
Se você o realizar...
Passo a passo.

Acredito que posso e devo mudar.


Respondo baixinho, só para mim mesmo - sim, mudei bastante.

Já mudei de pele várias vezes, igualzinho a um reptil que se descasca. Não, não falo de exterioridades. É que os olhos, que são as janelas da alma, mudam de acordo com os movimentos do espírito e percebo outra cor em meus olhos.

Reconheço que argumentei muito sem a preocupação de questionar meus pressupostos. Eu me sentia satisfeito de enxergar o mundo com binóculos emprestados e, pior, invertidos.

Desejo aprender a fazer amigos sem interesses. Quero tão somente, ser honesto com minha alma, viver com integridade diante da minha família e dos meus amigos.

Sei que posso arrefecer a força de minha escrita, mas estou colado ao oficio venturoso de viver. Amo a vida porque tento entupir o ralo por onde podem descer os poucos dias de minha vida, escapo do banal.

Aprendi que, quem repete frases numa ladainha infindável não sabe nada da vida.

Aprendi que quem aparenta exageradamente justo não passa de um hipócrita.

Não dependo de quem afirma: "Pode sempre contar comigo".

Não aceito o consolo de quem prega: "Em terra de cego, quem tem um olho é rei". - imagimo que ele queira furar meu olho.

Não confio em quem diz: "Você acha que estou mentindo....? - Hum, acho que sim.

Vou logo adiantando, não partirei daqui sem antes deixar a minha reclamação clara para Deus e para todos:

PRECISO DE MAIS TEMPO PARA MUDAR.

Apenas mais um passo.


Vivemos num mundo cada vez mais superficial, em que as pessoas buscam as coisas fáceis, instantâneas e descartáveis, queremos fugir dos relacionamentos que exigem sacrifício, renúncia, perdão e recomeço.

Queremos emoções momentâneas súbitas, fugazes. Só é bom aquilo que é imediato e não exige esforços. Acontece que tudo que tem essas características são realidades que se dissolvem rapidamente. Do mesmo jeito que chegam, partem. Temos medo daquilo que exige intensificação de forças. Fugimos daquilo que exige dificuldade e empenho trabalho e empreendimento. Com isso, quando nos deparamos com os sofrimentos que existem no amor, queremos idealizar um amor sem sofrimento, uma vida inconsequente.


Uma coisa é certa:
sem esforço, garra e renúncia não existe amor.

O verdadeiro relacionamento deve ser cultivado todos os dias, e a cada dia. Sem este cultivo, o menor sentimento negativo vira dor e mata o amor.

Na convivência vamos descobrindo nossas limitações e revelando nossas carências. O pior é que revelamos também carências e limitações que desconhecemos de nós mesmos ou aquelas que nos são conhecidas, mas que permanecessem ocultas. Amizades que se solidificaram pelo caminho torturante e doloroso da angústia são mais fortes que as nascidas da simpatia.
A gente vive como quem nada, pedala ou corre. Viver é uma travessia que, muitas vezes, parece impossível.

Os percalços da viagem, inesperados. Até os parceiros que nos acompanham não são sempre dignos de confiança.
Quando achar que não tem mais forças, dê mais uma braçada, mais uma pedalada, mais um passo.
O Espírito de Deus lhe ajudará a seguir adiante!

Palavras do meu querido filho Marcelo.



TE AMO MEU PAI!!!
 Me orgulha ver seu afeto demonstrado meu pai.
VOCÊ, meu grande e melhor amigo...
Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho, quando a tarde engolia aos poucos as cores do dia e despejava sobre a terra os primeiros retalhos de sombra, eu vi que Deus veio assentar-se perto do fogão de lenha da minha casa... Chegou sem alarde... Ele tinha feições de homem feliz, realizado, parecia imerso na alegria que é própria de quem cumpriu a sina do dia e que agora recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe. Eu o olhava e pensava: Como é bom viver essa hora da vida, em que tenho direito de ter um Deus só pra mim. Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos, puxar a caneta do seu bolso e pedir que ele desenhasse um relógio... Mas aquele homem não era Deus, aquele homem era meu pai!!! (Sérgio Rezende). E foi assim que eu descobri, que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus, revelou-me Deus, com seu Jeito infinito de ser homem!!!

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Obrigado Senhor.


Texto de Leonardo Viola Rezende, Filho querido.
Neste momento minhas palavras fogem, amedrontadas, duvidosas de si. Reconhecem que nenhuma delas poderiam, ao menos, almejar uma expressão plena do que nos envolve, do que nos mantém, seria como querer explicar Deus e Seus planos. Não nos faltou amor no vale das sombras, e com este, sinto a inspiração da vida ao enxugar meus olhos, sejam lágrimas de tristeza, sejam lágrimas de alegria. Quanto ao tesouro, os palpáveis enterrem antes de minha morte, pois o que levarei comigo não se pode tocar, não se compra e nem se vende. Sou mais eu porque sou vocês, espelhos de minha alma. Minha forca tem nomes e endereço, mas seja virando a esquina ou cruzando fronteiras, sinto a mão de meu pai em meu ombro, sinto as mãos de minha mãe em meu rosto, sinto os braços de meu querido e muito amado irmão envolvendo meu tronco, sinto a oração forte de minha vó e sinto os dedos de minha noiva, Mariana, entrelaçando os meus. Marcelo, minha destra atingiu sua face inúmeras vezes, me pergunto quantas vezes seria necessário um punhal entrar no meu coração para que eu me perdoasse por um único ato insano destes? Meu pai, quantas vezes me voltei contra o Sr. e minha mãe? e quantas vezes precisaria, eu, morrer, para que eu ouvisse a voz de vocês uma única vez? O amor de vocês sempre me trazia de volta, sempre havia um banquete a minha espera, como posso explicar isso? Não me atrevo! Quão longe vai este amor? Desafia e surpreende pessoas, comove, aquece, acalma, ensina. Este eh meu legado, pode ser seu, e seu, seu e seu também. Eh verdadeiro, eh incondicional, eh nosso prezar, nossa missão, espalhar, difundir este amor. Amor, talvez seja esta a palavra que jamais se amedrontara e que explicara todas questões as quais vocês não tem resposta. Obrigado meu Senhor.

Bajulação.


Quem escolhe o caminho menos repetido, abre mão dos aplausos, dos tapinhas nas costas e dos confetes. Na verdade, as pessoas não invejam as conquistas dos grandes heróis, sequer o preço que pagaram, mas cobiçam os aplausos, as ovações e a bajulação dos triunfantes. E tudo isso não passa de vaidade, de um nada de nada.

Amigo, entendamos: o caminho mais usado não leva a lugar nenhum porque termina no inferno da perfeição. Perfeição que cobra dos humanos um padrão que só os deuses mitológicos alcançam. Fuja dessa armadilha que não só fatiga como destrói com o ácido chamado ansiedade.

Nunca pense que jogou a vida fora por não ter alcançado as luzes da ribalta. Jamais inveje os que gravaram o nome na calçada da fama. Tudo vira pó. A glória humana se dispersa em nada. Dedique-se a construir relacionamentos significativos. Priorize os encontros despretensiosos. Doe-se sem esperar recompensa humana.
Escolha abrir sua própria picada. Evite bitolas, cabrestos, vendas, algemas. Escreva a sua história sem se preocupar se alguém vai considerá-la digna de ser publicada. Só você conhece o valor de seus momentos. Um dia, com um suspiro, você também verá que duas estradas bifurcaram e valeu ter viajado pela menos preferida.

Descoberta.


Olho para o passado com lascas de nostalgia e pontas de melancolia. Caminhos que nunca trilhei hoje parecem bem mais fáceis. Não, não pretendo remontar passado. Desisto de qualquer tentativa de ressuscitar o que jaz sob a decepção.
Também não me prostro no altar do niilismo; descreio da capacidade humana de erguer-se pelos próprios cadarços. Meu existencialismo é frágil, carregado de suspeita.

Incoerências entre discurso e prática me desesperam. A incapacidade de ver no que acredito de coração me enoja. Criei cismas. Rio por dentro; é meu jeito de sobreviver aos ufanismos que tanto me irritam.

Para refazer meu compromisso com a vida, desisto de tentar levar a ferro e a fogo qualquer coisa. Erros me fizeram bem. Boas ações me arruinaram. Amigos me entristeceram. Desconhecidos me acolheram. Quando planejei, empaquei. Por outro lado, inesperadamente a vida deu certo sem planejamento.


Paguei um alto preço por ser indolente. Mas, incrível, quando deixei para o dia seguinte o que deveria fazer hoje, foi bom.

Hei de aprender a não discursar. Almejo ser mais enfático, mas só em ternura; mais brando em afirmações. Pretendo rearrumar minha oratória. Quero voltar a olhar para o nada, como as crianças; a ritualizar os instantes, como os namorados.


Para refazer meu compromisso com a vida, espero envelhecer sem casmurrice.

E que não reste nenhuma nesga de frustração em minha alma. E que eu siga minha vida dizendo: valeu!

Um sonho lindo.



Todas as pessoas vivas sonham. Quando falamos em sonho pensamos primeiro naquela associação de ideias, muitas vezes incoerentes, no subconsciente de quem dorme. Ou pensamos no sonho como ilusão própria de pessoas que vivem fora da realidade. Mas o meu propósito neste texto é considerar o sonho como inspiração legítima de algo possível através do trabalho persistente do sonhador. Devemos muito aos sonhadores que lutaram para que seus sonhos se tornassem realidade.

Somos desafiados a viver na inspiração dos nossos sonhos para que eles se transformem em grandes realidades.

Recentemente folheando uma revista, encontrei a seguinte história que creio ser apropriada para meditar:

" Uma senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário, conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos, argumentando sobre a enfermidade de seu marido e sua conseguente impossibilidade de prover o sustento da família. O dono do armazém zombou dela e pediu para que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família, a pobre mulher implorou: - Por favor, senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que tiver. Mas ele lhe respondeu que ela não tinha crédito nem conta em sua loja. Em pé no balcão ao lado, um freguês que ouvia a conversa entre os dois, aproximou-se do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta. Então, o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher: - Você tem uma lista de mantimentos? - Sim! - respondeu ela. - Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar eu lhe darei em mantimentos! Não compreendendo a proposta, a pobre mulher hesitou por uns instantes e, com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel e nele escreveu alguma coisa, depositando-o, em seguida, na balança. Os três ficaram admirados quando o prato da balança, com o papel desceu e permaneceu embaixo. Completamente pasmo com o marcador da balança, o comerciante se virou lentamente para o seu freguês e comentou contrariado: - Eu não posso acreditar! O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança e, como a escala da balança não equilibrava, pendendo sempre para o lado do pedaço de papel, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada. O comerciante ficou ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido, até que finalmente pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado. Não era uma lista de compras, mas sim, uma oração, que dizia: “Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isso em suas maõs...".

Posso afirmar que "Um sonho Lindo" é sonhado com Deus, é sonhado por pessoas que são conscientes de suas limitações e dependem de Deus.


Lembre-se, a pessoa que tem grandes sonhos é mais forte do que aquela que possui todos os fatos.

Lute



Precisamos ser persistentes. Ter consciência de que na busca dos nossos sonhos
 NÃO VALE TUDO
Só vale amar o próximo como nos amamos. Só vale obter um sonho com integridade. Só vale obter um sonho com ombridade. Só vale obter um sonho com honestidade. Só vale obter um sonho com sinceridade. 
Só vale obter um sonho com transparência. Só vale obter um sonho com valores morais e espirituais elevados.
Sonhar é preciso, mas devemos nos conscientizar de quem nem sempre nossos sonhos se concretizarão. Afinal de contas, sonhos são sonhos. Eles nos levam a viver suspirando, lutando, indo em frente com objetivos de alcançá-lo. Eles nos motivam, nos impulsionam a viajar nos delírios, como D. Quixote de La Mancha, que com sua lança e escudo lutava contra moinhos de ventos. Mas, em seu delírio sonhador ele atingiu vidas e as modificou. Como sua doce Dulcinéa, que teve sua vida transformada de uma prostituta caída em uma donzela, pelo encontro que teve com um sonhador delirante.
Sonhar é preciso. Porém, muitas vezes você precisará ser persistente em busca de seus objetivos. Se não conseguir, entenda que pelo menos valeu à pena sonhar e lutar.
Lute, até que você consiga plantar uma flor naquele inacessível chão da sua vida.

Algumas mudanças precisam acontecer.



Que as religiões, se concentrem na vida aqui no mundo; que busquem aliviar os cansados e oprimidos antes de prometerem facilidades. Visitem os doentes, antes de tentarem decodificar os mistérios da dor. Que aprendam a dar com a mão esquerda e não busquem recompensas financeiras com a mão direita.
Que os lideres voltem a caminhar junto aos pobres; que façam estágio na casa de um sofredor; que acordem cedo, sintam o aroma do café preto, que a visão da dificuldade enfrentada pelos machucados pela vida, amorteça a ganancia.
Que as mensagens feitos nos templos imitem as brincadeiras infantis onde ninguém é dono de nada, nenhum projeto definitivo, e não se separam as pessoas entre lideres e liderados. Já que o Reino Eterno não é dos adultos, mas dos pequeninos desprovidos de amargura, rancor e tanta briga.
Que os bancos das igrejas sejam transformados em gangorras e balanços; que os cultos e missas vire festa parecida com aniversários de crianças, com muita alegria, dança, e sem hora para terminar.
Alguém pode pensar que sou um sonhador, mas sonhar bobagens e permitir que eles floresçam, prefiro continuar ser um sonhador.
Proponho trégua entre os lideres religiosos. Chega de incompreensão. Basta de tanta coisa absurdas em nome de Deus.

SE CRER GERA AMOR E ÓDIO COM A MESMA INTENSIDADE, CONCENTREMOS NOSSAS FORÇAS NA TERNURA. 

Não acredito em sorte.

 Não acredito em sorte, acredito em pessoas que dão coisas boas aos outros – e não tenho como negar, alguns trazem negativismo. Sou da opinião de que definimos destinos. Massageamos contusões e ferimos auto estima. Ensinamos a dar a volta por cima e enlameamos.
Fomos criados para nos tornar criadores. Daí, na breve história da cultura, termos conseguido nos especializar em obstáculos. Se a carne for dura, aprendemos a cozinhar. Se ver os mortos apodrecendo a céu aberto aumenta a dor da perda, aprendemos a enterrá-los. Se mover uma carga se mostra dificultoso, aprendemos a utilidade da roda. Mas tem o outro lado. Quando ir e vir incentiva a liberdade, erguemos porteiras. Para aumentar domínios, organizamos exércitos.
 
A palavra falada, a reação impensada, o elogio espontâneo, o comentário, tudo serve na construção do amanhã. Ninguém pode se escusar sob um fatalismo, tipo “o que será, será”.  Alguém pode rir ou sofrer porque vidas se tangenciaram.
As estrelas não afetam a sorte das pessoas – elas estão longe demais –  com a mesma força que uma pessoa, tão próxima. Azar ou sorte, eis a questão, diz respeito a todos.

A alma necessita penetrar nesse silêncio...



 Viver profundamente exige mergulho. Isso não é algo que façamos com superficialidade, sem que as águas geladas da verdade encharquem todo o nosso ser.
Quão cegos é possível nos tornarmos por causa de nossas defesas psicológicas, sem admitir nossas fraquezas interiores, nossas crises existenciais, nossos abismos, que nos distanciam dos outros e de Deus. Construimos muros de indiferença, que nos tornam quase impenetráveis; quase, porque Deus não desiste de nós. Se preciso for, usará tempestades ou abismos para nos sacudir, nos ensinar, nos redirecionar e nos convencer a obedecer e amar. 
Temos dificuldade de tirar a cera, a máscara. Com isso, não conhecemos e não somos conhecidos. O homem precisa entrar no mergulho dentro de si mesmo para receber o amor de Deus. A alma necessita penetrar neste silêncio... 
A decisão de nos lançarmos para dentro de nós mesmos, leva-nos à compreensão de que nossa mente consciente percebe muito pouco de tudo o que existe nas regiões mais profundas do nosso eu. 

Você teme saltar nesse lugar desconhecido?

Você tem medo de mergulhar  nas realidades de seu mundo interior e incluí-las em seu mundo exterior?

Só mesmo diante do inevitável é que nós mergulhamos. E quando isso acontece, quando você mergulha dentro sí mesmo e se enfrenta, o mar se acalma e as pessoas ao seu redor desfrutam paz. Quando decidimos deixar de mentir, de nos iludir com nossas fantasias; quando decidimos parar tudo e nos interrogarmos sobre o que a vida quer de nós - experimentamos uma calma inexplicável.

Deus e a sua justiça.



Como podemos buscar o reino de Deus em primeiro lugar? Para a maioria das pessoas, o reino de Deus é a fatia da realidade onde são respeitados os dogmas, observados os códigos morais e praticados os rituais da religião cristã. Para participar do reino de Deus, acreditam, é necessário aquiescer racionalmente a um conjunto de verdades objetivas - doutrinas e dogmas -, submeter-se ao batismo nas águas, tornar-se membro de uma igreja cristã e passar a participar de suas atividades. Para estes, buscar o reino de Deus em primeiro lugar significa afastar-se das atividades mundanas e envolver-se nas atividades religiosas. Quem entende o reino de Deus nas categorias religiosas acredita, por exemplo, que quando alguém está no seu trabalho secular está longe do reino de Deus, porque está buscando as coisas do mundo, mas quando está atuando em um ministério da igreja está buscando o reino de Deus. Ou que, entre duas pessoas, uma diante da televisão assistindo a um programa de auditório, e outra ajoelhada no quarto em oração, está claro que quem está orando está buscando o reino de Deus e a outra está desperdiçando seu tempo com as coisas do mundo. Henry Nouwen tem outra compreensão a respeito do significado de buscar o reino de Deus em primeiro lugar. Veja o que ele disse: Quando Jesus nos chama para buscar em primeiro lugar o reino de Deus, ele não pretende nos afastar das atividades, pessoas e relações que constituem as nossas vidas. Jesus não fala em mudança de atividades, mudanças de contatos, nem sequer em mudança de ritmo. Ele fala em mudança de coração. Jesus nos pede para que coloquemos o nosso coração no centro, onde todas as coisas se encaixam no lugar certo. Que centro é esse? Jesus o chama de reino de Deus. Voltar nossos corações para o reino de Deus é fazer da vida do Espírito em nós e através de nós o centro de tudo quanto sentimos, pensamos, dizemos e fazemos. Na visão de Nouwen, buscar o reino de Deus em primeiro lugar não tem a ver com o que fazemos, mas com a maneira como fazemos o que fazemos. Importa mais o coração do que a atividade. É possível que o dentista esteja mais integrado no reino de Deus do que alguém distribuindo sopas nas madrugadas frias da cidade; assim como é possível que o professor que dá sua aula de geografia esteja experimentando o reino de Deus mais do que o ministro de louvor no palco dominical. Rob Bell também me ajudou a buscar o reino de Deus em primeiro lugar. Ele disse que reino de Deus é tudo que é normal. Isto é, quando as coisas acontecem como deveriam acontecer, ali está o reino de Deus. A mãe que amamenta com amor seu bebê, o pai que aconselha seus filhos com sabedoria, o profissional que realiza seu trabalho com excelência, a mulher que ouve sem julgar o desabafo de uma amiga, o jovem que vive seu romance sem usar e abusar do outro, a mulher que separa o lixo da casa de maneira ecologicamente correta e tantas outras coisas corriqueiras do nosso dia-a-dia refletem o reino de Deus. Buscar o reino de Deus em primeiro lugar não exige feitos extraordinários. Basta cooperar com Deus para que as coisas aconteçam como devem acontecer, isto é, que à vontade de Deus seja feita na terra como é feita no céu: fazer as coisas certas com o coração certo - eis o reino de Deus e sua justiça.